terça-feira, 5 de julho de 2016

Coluna do Hélio: VERGONHA e mais VERGONHA!

   *por Helio Camarãn

    Sabem, pensei muito e cheguei à conclusão de que não devo contar piadas sobre VERGONHA, pois para tanto preciso de contexto, representação e de teatro, ou ficaria parecendo grosseria. Diante de tantos descasos, baboseiras e de tantas pessoas reclamando, vejo que ainda existem “pérolas” a serem ditas sobre a vergonha. Pela indignação sempre é possível temperar com um pouco de hilariedade, mas como? 

    Como posso fazer uma piada sobre a vergonha e sofrimento alheio? A minha inspiração se chafurdou em uma lama fedida causada pela falta de tranquilidade vivida pelos meus irmãos/amigos. Pensei, pensei! E em minha cabeça só vem a palavra VERGONHA; abro o Facebook e... vergonha; abro o jornal e... mais vergonha! Pessoas choram de indignação por perdas drásticas de entes queridos. Que vergonha!


   Tentei mais de uma vez, até ensaiei uma "mise en scène" (encenação de uma peça de teatro). Tentei rebuscar no fundo do baú algo que combinasse com VERGONHA, mas só encontrei que vergonha é vergonha mesmo e só combina com indignação e frustração. 

   Desculpem, mas não consigo, diante de tanta VERGONHA ,escrever uma piada ou uma crônica sobre o assunto, pois os comentários que leio na internet falam mais alto e me impedem de ser hilário mediante a magnitude de situações indignas que nos faz sentir VERGONHA! VERGONHA de ver o povo sendo feito de idiota e palhaço. 

    Ainda tem gente que cai e gosta. A piada fica por conta da imaginação de cada leitor ou de quem nos fez ou nos faz passar vergonha!


   *ADVOGADO

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A Buraqueira e a Vergonha Alheia

A comunidade precisou ridicularizar o governo e virar notícia na TV para ter alguns buracos consertados. E o pior: estão propondo ampliar a pavimentação em pedra irregular!


É o fim da picada. Nem depois de virar notícia na TV com o Campeonato Municipal de BURACOGOL (criação da galera do grupo FalaTaquara na internet) o governo aprendeu a lição.  Em vez de procurar soluções, arruma mais problema: agora querem pavimentar 180 ruas com pedra irregular.

Vamos combinar: Pedra Irregular é quase pior do que deixar a rua sem calçamento. Além de provocar danos graves aos veículos (já tive que trocar a suspensão de carro novo, por conta disso, e tenho certeza que não fui o único), a pedra irregular também desencaixa mais rápido, criando uma buraqueira infernal. Sou contra. Ponto.

Os caminhos são outros: 1- asfaltar as vias mais movimentadas e as linhas de ônibus nos bairros; 2 - padronizar a pavimentação de ruas secundárias com bloquetes de cimento. É caro, tio? Nem tanto, se levar em conta a redução com gastos de manutenção dos veículos e se buscar alternativas para baratear a aplicação das pavimentações.

Com uma Usina de Asfalto, o município ganharia agilidade, tanto para o conserto rápido do asfalto existente, quanto para a pavimentação das principais entradas de bairros, linhas de ônibus e vias de maior movimento. Uma ideia que já apresentei a engenheiros (para que fosse avaliada e me dissessem se é possível) é a de colocar asfalto somente na pista de rolagem, completando a pavimentação com bloquetes, na área de estacionamento. Se for viável, a alternativa poderia reduzir o calor gerado pelo asfalto, além de manter a permeabilidade do solo.
Com a criação de uma fábrica de bloquetes, além de baratear o custo, pode-se contribuir para a importante questão social que é a ressocialização dos presos, melhorando também a Segurança Pública.

Eu quero isso pra minha cidade. E você?

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Cadê a Segurança que estava aqui?


Segundo fontes, efetivo policial pode estar menor hoje do que antes da formatura de soldados. O município precisa investir forte em Cultura, se quiser reduzir a criminalidade.


Taquara comemorou, em abril de 2010, a formatura de 38 soldados da BM, que viriam para duplicar o efetivo da corporação na cidade. Porém, não disseram para ninguém que muitos abandonariam o município pouco tempo depois. Hoje, segundo fontes importantes, podemos estar até com MENOS soldados do que antes da festejada formatura - ou muito perto disso.

Entre os motivos da debandada dos soldados, estão causas comuns: aposentadorias, transferências para perto da família, etc. Porém, também (segundo essas fontes) temos soldados que, mesmo lotados em Taquara, estão sendo deslocados para atuar em Novo Hamburgo, Parobé, São Leopoldo... sabe-se lá onde mais. Outros pediram transferência porque as cidades vizinhas pagam mais na ajuda para aluguel.

Ao menos dois Grupos de Operações Especiais (GOE) foram montados. Durante um tempo, atuaram, sozinhos ou em conjunto com a Polícia Civil, e conseguiram reduzir muito a ação da bandidagem por aqui. O que aconteceu? Onde estão? Segundo as informações, agiram tão bem que acabaram sendo chamados para trabalhar no restante da região. 
As tais câmeras de monitoramento são outra coisa que acaba sofrendo com isso. Não estão em operação até agora... um dos motivos também seria a falta de policiais para operá-las. 

Assumir é o caminho
A saída é assumir o problema e tomá-lo para si. Enfim, vou falar algo óbvio: não dá para esperar que a Polícia trabalhe exclusivamente para Taquara. Precisamos - nós mesmos - investir em nossa Segurança. 
Entre as ações possíveis, estão o incentivo com moradia e ajuda para alimentação dos soldados, a briga com o Governo do Estado para ampliar o número de policiais civis e a criação de parcerias público-privadas para complementar os serviços de vigilância. Pode-se até mesmo cogitar a criação de uma Guarda Municipal. Segundo meu colega de coligação, o também candidato a vereador Delegado Bizarro, devido às suas características geográficas e outros índices, é possível, sim, para Taquara, obter autorização para contarmos com essa espécie de “polícia municipal”. 

Em outra ponta, estão as iniciativas Educacionais e Sociais para redução da violência e do impacto do uso de drogas no aumento da criminalidade. Projetos como os atualmente colocados em prática funcionam muito pouco. Precisamos investir MAIS em Educação, em Geração de Empregos, em Profissionalização e - principalmente - em Cultura. 

Um adolescente pobre e pouco aculturado é presa fácil para as drogas pesadas - aquelas que o fazem esquecer rapidamente sua própria desgraça. 

Já, quem tem Cultura (seja ela vinda dos livros, da arte ou de onde mais for) sabe que tem lugar na sociedade e vai, com energia e auto estima, buscar essa posição. 
Precisamos providenciar isso.  


A Máfia do Lixo e a podridão das intenções políticas...


Precisamos de uma alternativa nova para o problema do Lixo. Sustentável. Ecológica. E também de muito cuidado para não importar as más práticas comuns na vizinhança.

O escândalo do suposto (segundo o Ministério Público) envolvimento de uma administração vizinha com a Máfia do Lixo (que, conforme as investigações preliminares divulgadas pela imprensa, suspeita-se ter chegado a mais de R$ 3 milhões desviados dos cofres públicos), expõe um problema grave, que ocorre na maioria das cidades da região.

Funciona mais ou menos assim: o proprietário de uma empresa de recolhimento de lixo oferece dinheiro para financiar a campanha de um certo candidato a prefeito. Mais tarde, se eleito, o candidato retribui a “ajudinha”, favorecendo a empresa na licitação para recolhimento e transporte - de preferência para uma cidade centenas de quilômetros distante (como, por exemplo, a pequena Minas do Leão (ver mapa), de apenas 7 mil habitantes, e que fica pra lá de Butiá, a 160 Km de distância daqui da região). Assim, além de pagar bem caro pelo recolhimento, a cidade ainda paga mais caro ainda pelos quilômetros rodados. 

Viu como é fácil, se o dinheiro não sai do seu bolso? Mas, peraí. Essa grana sai, sim, do bolso do cidadão! É por isso que, durante a construção do Plano de Governo de Fabiano e Fifi (11), definimos: 1- que poderia faltar dinheiro para a campanha, mas em hipótese nenhuma se aceitaria dinheiro da Máfia do Lixo; e 2 - iniciaríamos um projeto de aproveitamento máximo dos resíduos, favorecendo o meio ambiente e reduzindo os custos de destinação dos dejetos. 

Este é um dos assuntos nos quais pretendo me concentrar bastante, tentando sua implantação. Através de programas de reciclagem profissionalizada, é possível extrair do lixo quase tudo o que é aproveitável. Plástico vira balde; caixa de leite vira telha (verdade!), orgânicos viram adubo, etc. E a maior parte do que sobra (um lixo “limpo”, composto de dejetos não recicláveis e não poluentes), ainda pode ser utilizada na recuperação de áreas degradadas, servindo de aterro que, coberto por terra e vegetação, se transforma em áreas de lazer para a comunidade. 

O projeto é muito bom, custa pouco (prevê parceria público-privada), tem viabilidade e está em condições de ser iniciado imediatamente. 

Para colocar em prática, preciso do seu voto: 
Vote 11011 para vereador e 11 para prefeito. 
Conto com você. 

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Juros baixos é bom; não se endividar é melhor


E não é que o governo ganhou a queda de braço com os maiores bancos privados, que enfim aceitaram reduzir suas taxas de juros? Minha memória pode estar falhando, mas acho que nunca antes na história deste país banqueiros foram tão contrariados.
A ideia de fazer com que Caixa e Banco do Brasil reduzissem o preço dos empréstimos para forçar as instituições privadas a fazerem o mesmo poderia ter sido um enorme tiro no pé.
Se os bancos estatais ficassem sozinhos ao amanhecer desse duelo, eles literalmente iriam pagar pra ver. Só o BB teve aumento de 45% na procura de nossos clientes. Uma avalanche de gente querendo se endividar.
Quem estivesse pendurado com os tubarões iria correndo pegar dinheiro barato nos cofres públicos para quitar suas dívidas podres. O governo, no final, ficaria com uma carteira exclusiva de maus pagadores. Fora a fila de espera.
O que nos manteve longe da quebradeira mundial sempre foram as condições perversas e a alta margem de segurança que o sistema financeiro impôs aos tomadores de empréstimos.
A aposta do governo é crescer a economia por meio do financiamento do consumo interno. De que outra forma manteria aquecida a indústria automobilística, a construção civil, os fabricantes de eletroeletrônicos e todos os etc.?
A farra vai começar. Não há mais motivos para adiar o sonho do smartphone de última geração, a entrada da casa própria, o televisor de LED, a viagem com a família, o presente da amante.
Por mais divertido que seja ver banqueiro ajoelhar no milho, fica a dúvida se há muito mais a comemorar. Tenho a convicção de que o brasileiro é o povo mais consumista do planeta. Só nunca teve condições históricas de provar sua selvagem compulsão materialista.
A forma como nos comportamos em free shops ou lojas em Nova Iorque, Miami e até mesmo Buenos Aires é de arrepiar. Agimos como uma horda armada de cartões de crédito, decepando prateleiras e explodindo malas com o peso da bagagem.
Nessa engenharia econômica do governo Dilma está faltando uma palavra-chave: poupança. Consumir é bom. Mas melhor ainda é comprar sem se endividar. Nunca fizemos essa lição de casa.
Um país que pensa no futuro coloca uma placa bem grande na entrada: “Fiado, só amanhã”.

*Marco Antonio Araujo - jornalista